Noto constantemente pessoas com a síndrome da segunda-feira, mais que isso, pessoas que adotam a síndrome da "feira" e acordam com um ar de cansaço ou de infelicidade em todos os dias conhecidos como úteis. Pessoas que me parecem infelizes com suas rotinas, com o trabalho, com a carreira.
Para entender o porquê de tal infelicidade, vamos buscar de explicar de forma simples o que faz uma pessoa feliz. Não, este não é um post patrocinado, fique tranquilo.
A felicidade pode ser definida por uma forma simples: Felicidade = realidade - expectativa. Assim, quando a realidade se mostra melhor do que o esperado, a pessoa se sente feliz.
Mas o que está acontecendo para as pessoas se sentirem tão infelizes? Será que a realidade está tão dura? Será que andam com expectativas muito altas? Para tentar responder essas perguntas, vamos analisar a fórmula da felicidade por dois diferentes ângulos: a realidade e a expectativa.
Examinando a realidade sabemos que de fato o cotidiano não é um mar de tranquilidade e crescer "de verdade", usualmente, não torna a vida mais fácil para ninguém. O crescimento profissional não difere disso, portanto, construir uma carreira consolidada costuma ser um processo árduo e de muitos aprendizados. Como costumamos dizer é um processo que consome anos de energia, suor e lágrimas. A máxima de que o sucesso só vem antes do trabalho é só no dicionário, acredite. E isso sempre foi assim.
A geração Y, como é denominada a atual força jovem do mercado de trabalho, sofre um pouco mais que as anteriores. Isso se dá porque a geração Y precisa lidar com um novo fenômeno que é o compartilhamento do sucesso nas redes sociais. Enquanto as gerações anteriores trabalhavam para si, para os seus e para o próximo, a geração atual trabalha também com a obrigação de ser bem sucedida e de poder compartilhar isso com o mundo. Em uma corrente de que todo mundo precisa ser "um caso de sucesso" ou, minimamente, ter um para contar.
Mas então, o que mudou para que as pessoas se sintam tão infelizes em relação às suas rotinas? Essa combinação, por vezes cruel, de um "sucesso maquiado" e "expectativas elevadas", que faz com que todo estudante de arqueologia deseje ser um Indiana Jones ou precise parecer herói nas redes sociais.
Diante de tanta visibilidade e exposição de carreiras de sucesso (verdadeiro ou não), fica difícil não achar sua realidade "medíocre" e elevar suas expectativas. E, é nesse momento, que desestabilizamos a fórmula da felicidade e ficamos infelizes com nossas rotinas de trabalho, nossas carreiras, quiçá com nossas vidas.
Assim, seguimos olhando para o lado e acreditando que a grama do vizinho é sempre mais verde e sem perceber que muitas vezes essa grama mais verde é sintética, artificialmente criada, uma realidade maquiada especialmente para ser exposta em vitrines sociais.
Para se sentir mais realizado profissionalmente, deixo algumas dicas:
Se a grama do vizinho parece mais verde, certifique-se de que ela não é artificial. Se olhar direito verá que as pessoas podem ter as mesmas dúvidas e ansiedades que ameaçam seu jardim;
Talvez não seja a grama do vizinho que esteja mais verde, talvez a sua tenha perdido cor, porque enquanto olhava a do vizinho você esqueceu de regá-la;
Se você não nasceu um espécime “grama rara” invista ao longo do tempo em se tornar especial: trabalhe duro, adquira conhecimentos e experiências, faça a diferença.
Não desanime, continue acreditando, pois há um mundo de prados e campinas verdejantes, onde as oportunidades e aguardam por pessoas bem preparadas e decididas a buscar a realização profissional.
Fonte: http://www.waitbutwhy.com/2013/09/why-generation-y-yuppies-are-unhappy.html